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Uber revela plano ousado e terá carros circulando sem motorista em 2026; entenda

O setor de transporte urbano está prestes a passar por uma transformação significativa em Londres. A partir de 2026, a Uber dará início à operação de veículos autônomos na capital britânica, integrando um projeto piloto promovido pelo governo do Reino Unido. Essa iniciativa visa impulsionar o desenvolvimento da inteligência artificial no país, colocando a Inglaterra entre os protagonistas globais na adoção de tecnologias inovadoras para mobilidade.

O Ministério dos Transportes britânico apresentou um plano detalhado para testar serviços de táxi e transporte sem motorista em pequena escala já no próximo ano. O objetivo é avaliar a viabilidade e os impactos dessa tecnologia antes de considerar uma expansão para toda a cidade. O governo também anunciou a intenção de criar uma legislação específica até 2027, permitindo a implementação mais ampla dos veículos autônomos nas ruas do país.

Como funcionará o projeto da Uber em Londres?

Uber revela plano ousado e terá carros circulando sem motorista em 2026; entenda
Uber – Créditos: depositphotos.com / gguy

O projeto piloto, que terá início em 2026, contará inicialmente com a presença de um motorista de segurança nos veículos autônomos da Uber. Essa medida busca garantir a segurança dos passageiros e a supervisão das operações enquanto a tecnologia é testada em condições reais. A expectativa é que, após uma fase de adaptação e avaliação, os carros passem a circular sem a necessidade de um condutor humano ao volante.

Segundo informações do Ministério dos Transportes, os testes serão realizados em áreas específicas da cidade, com rotas e horários definidos para monitorar o desempenho dos veículos e identificar possíveis ajustes necessários. A experiência adquirida durante essa etapa será fundamental para orientar futuras decisões sobre a expansão do serviço e a regulamentação definitiva dos carros autônomos no Reino Unido.

1. Parceria e Tecnologia:

  • A Uber se unirá à Wayve, que desenvolverá a tecnologia de IA para os veículos autônomos. A Wayve é conhecida por sua abordagem “Embodied AI”, que visa ensinar os veículos a dirigir em qualquer ambiente.
  • A parceria combinará a plataforma de IA da Wayve com a extensa infraestrutura de mobilidade da Uber.

2. Veículos e Nível de Autonomia:

  • Os testes iniciais envolverão veículos de Nível 4 de autonomia, o que significa que eles são capazes de operar sem intervenção humana na maioria das condições.
  • O governo do Reino Unido acelerou o processo de aprovação para permitir que esses testes aconteçam sem a presença de um motorista de segurança humano a bordo, o que é um marco significativo para a Europa.

3. Disponibilidade para o Público:

  • Os membros do público poderão solicitar viagens através do aplicativo da Uber com esses veículos autônomos a partir da primavera de 2026.
  • Inicialmente, os serviços podem começar com a presença de um motorista para fins de segurança, com o objetivo de futuramente eliminar a necessidade de um condutor humano.

4. Contexto Regulatório:

  • O Reino Unido tem trabalhado para criar um ambiente regulatório favorável para veículos autônomos. O “Automated Vehicles Act” (Lei de Veículos Automatizados), que deve entrar em pleno vigor no final de 2027, abrirá caminho para um uso mais amplo de veículos autônomos em todo o país.
  • A legislação permite a realização de testes comerciais em pequena escala, como serviços de táxi e “tipo ônibus”, sem motoristas de segurança.

5. Objetivos e Desafios:

  • Aprimoramento da Tecnologia: Londres, com seus “ambientes de condução complexos”, servirá como um terreno de teste importante para refinar e adaptar a tecnologia dos veículos autônomos.
  • Aceitação Pública: O projeto visa construir a confiança do público na tecnologia de direção autônoma.
  • Impacto Econômico: O governo britânico espera que a indústria de veículos autônomos crie milhares de empregos e contribua significativamente para a economia.
  • Segurança: A segurança é uma preocupação primordial. Os veículos autônomos devem demonstrar um nível de segurança “pelo menos tão alto quanto motoristas humanos competentes e cuidadosos”. Incidentes com “robotáxis” já ocorreram em outros países, levantando debates sobre segurança e regulamentação.
  • Deslocamento de Empregos: A implementação em larga escala de veículos autônomos também levanta questões sobre o deslocamento de empregos para motoristas humanos.

Quais são os benefícios esperados?

O governo britânico destaca diversos benefícios potenciais associados à introdução de veículos autônomos no transporte urbano. Entre eles, a redução de acidentes de trânsito ocupa posição de destaque, já que estudos apontam que o erro humano é responsável por cerca de 88% das colisões nas estradas. Com a automação, espera-se minimizar falhas de julgamento e comportamentos de risco, promovendo maior segurança para motoristas, passageiros e pedestres.

  • Otimização do fluxo de tráfego: Veículos autônomos podem se comunicar entre si, ajustando rotas e velocidades para evitar congestionamentos.
  • Maior acessibilidade: Pessoas com mobilidade reduzida ou sem carteira de motorista poderão utilizar o serviço com mais facilidade.
  • Eficiência energética: A condução automatizada tende a ser mais eficiente, reduzindo o consumo de combustível e as emissões de poluentes.

Quais desafios os veículos autônomos enfrentam no Reino Unido?

Apesar das vantagens, a implementação de carros autônomos enfrenta obstáculos importantes. Um dos principais desafios é garantir a segurança em situações imprevistas, como condições climáticas adversas ou comportamentos inesperados de outros usuários da via. Além disso, questões relacionadas à responsabilidade em caso de acidentes e à proteção de dados dos passageiros precisam ser cuidadosamente regulamentadas.

Outro fator relevante é a aceitação pública. A confiança dos usuários na tecnologia será determinante para o sucesso do serviço. Experiências anteriores em outros países, como nos Estados Unidos e na China, mostram que incidentes envolvendo veículos autônomos podem gerar debates sobre os limites e a supervisão dessa inovação. O governo britânico, por isso, optou por uma abordagem gradual, começando com projetos em pequena escala e prevendo a presença de motoristas de segurança na fase inicial.

O que diferencia o projeto britânico de outras iniciativas globais?

O Reino Unido busca se posicionar como referência em inteligência artificial aplicada ao transporte, apostando em regulamentação clara e testes controlados. Enquanto países como Estados Unidos e China já operam serviços de táxi autônomo em algumas cidades, o governo britânico prioriza a segurança e a avaliação criteriosa antes de liberar a circulação em larga escala. A experiência recente da General Motors, que encerrou operações de táxis autônomos nos EUA após um acidente grave, reforça a importância de medidas preventivas e de monitoramento rigoroso.

Com a chegada dos veículos autônomos da Uber em Londres, o setor de mobilidade urbana entra em uma nova fase, marcada por avanços tecnológicos e debates sobre segurança, regulamentação e impacto social. O acompanhamento dos resultados desse projeto piloto será fundamental para definir os próximos passos na integração da inteligência artificial ao transporte público e privado no Reino Unido.

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