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Asteroide maior que o Maracanã e ‘potencialmente perigoso’ pode passar ‘raspando’ na Terra

No vasto universo, corpos celestes frequentemente cruzam seus caminhos em proximidade à Terra. Um desses eventos envolve o asteroide Apophis, que tem chamado a atenção dos astrônomos devido à sua passagem prevista em 2029 a apenas 32 mil quilômetros da superfície terrestre. Embora essa distância possa parecer significativa em um contexto terrestre, é, em termos espaciais, um encontro notavelmente próximo.

O Apophis, com uma forma ovalada, é um remanescente do início do sistema solar, formado há cerca de 4,6 bilhões de anos. Sua trajetória, aliada à atenção contínua de astrônomos, garante que ele não colida com a Terra, pelo menos no futuro próximo. Ainda assim, os cientistas permanecem vigilantes a possíveis perturbações em sua rota, resultantes de interações com outros objetos espaciais.

Como a passagem de Apophis pode ser perigosa?

Asteroide / Créditos: depositphotos.com / meteor

Estudos liderados pelos astrônomos Paul Wiegert e Ben Hyatt, utilizando dados da NASA e da Agência Espacial Europeia, revelaram que mais de 300 objetos espaciais comuns estão sendo monitorados devido às suas órbitas próximas à de Apophis. A preocupação reside na hipótese de que tais corpos celestes poderiam, eventualmente, desviar o curso do asteroide, colocando-o em rota de colisão com a Terra.

Felizmente, as simulações realizadas indicam que nesse momento, nenhum dos corpos estudados tem potencial para alterar significativamente o trajeto do Apophis. Assim, o risco de impacto com nosso planeta pela interferência desses outros objetos ainda é considerado baixo. A astúcia e a tecnologia avançada usadas nas observações espaciais seguem sendo essenciais para assegurar tal segurança.

Como é Encontro de Apophis com o Asteroide Xanthus?

Um evento notável dentro deste cenário de vigilância celeste é o encontro do Apophis com o asteroide 4544 Xanthus, previsto para dezembro de 2026. Wiegert e Hyatt apontaram que Apophis passará a cerca de 500 mil quilômetros de Xanthus, uma distância segura entre os astros, mas próxima o suficiente para que fragmentos de poeira potencialmente presentes em Xanthus possam interferir com o Apophis.

Esses materiais, caso existam e interajam com Apophis, podem influenciar sua trajetória futura. A observação minuciosa destas interações se faz necessária para monitorar mudanças e prever possíveis impactos. Apesar da baixa probabilidade atual, tal possibilidade ressalta a necessidade contínua de um olhar atento sobre os movimentos destes corpos celestes.

Por que continuar observando o asteroide?

A observação contínua de Apophis advém do interesse tanto científico quanto de segurança planetária. Embora não se preveja uma colisão iminente, o asteroide serve como um importante objeto de estudo sobre dinâmicas espaciais e a influência mútua de corpos celestes. Desta forma, não apenas se garante a nossa segurança, mas também se avança no conhecimento sobre o funcionamento do cosmos.

As descobertas acerca do Apophis e sua rota tornaram-se fundamentais para aprimorar técnicas de monitoramento espacial. A informação precisa obtida através de simulações e dados observacionais fornece uma base sólida para futuras análises sobre trajetórias de outros asteroides que poderiam potencialmente ameaçar a Terra.

A história do Apophis destaca a importância da vigilância espacial contínua e da ciência colaborativa em manter a Terra segura de possíveis colisões cósmicas. A observação dedicada não só assegura a segurança imediata, mas também contribui substancialmente para a compreensão das dinâmicas do nosso sistema solar e além.

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