A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nessa terça (25/3) a interdição cautelar da pasta de dente Colgate Clean Mint. A decisão foi tomada após a notificação de diversos casos de eventos adversos associados ao uso do produto. Entre os sintomas relatados estão inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral, além de sensação de ardência e dormência na boca.
De acordo com a Anvisa, a interdição tem um prazo legal de 90 dias, durante o qual a Colgate pode recorrer da decisão. A medida é preventiva e visa garantir a segurança dos consumidores enquanto a situação é investigada. Até o momento, foram registrados 13 casos de reações adversas entre janeiro e março de 2025.
Como são os sintomas relatados pelos clientes?

Segundo informações do UOL, os consumidores que utilizaram a pasta de dente Colgate Clean Mint relataram uma série de sintomas desconfortáveis. Os principais incluem inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral, sensação de ardência, dormência nos lábios e boca seca. Além disso, houve relatos de gengiva irritada e vermelhidão, indicando possíveis reações alérgicas ao produto.
Esses sintomas levantaram preocupações significativas entre os usuários e autoridades de saúde, levando à interdição do produto enquanto investigações mais detalhadas são conduzidas. A Anvisa está monitorando a situação de perto para garantir que medidas adequadas sejam tomadas.
Por que a fórmula da Colgate total prevenção ativa foi alterada?
A Colgate introduziu uma nova versão da sua pasta de dente, chamada Colgate Total Prevenção Ativa, em julho de 2024. Esta nova fórmula substituiu o fluoreto de sódio pelo fluoreto de estanho, uma mudança que a empresa afirma ser segura e eficaz. Segundo a Colgate, o fluoreto de estanho é amplamente utilizado em cremes dentais ao redor do mundo e foi resultado de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento.
A empresa garante que todos os seus produtos passam por testes rigorosos e são aprovados por agências regulatórias globais. No entanto, reconhece que uma pequena parcela da população pode apresentar sensibilidade a ingredientes específicos, como o fluoreto de estanho, corantes ou sabores. Nesses casos, a recomendação é interromper o uso do produto.
Qual a resposta da Colgate?
Em resposta às preocupações levantadas, a Colgate afirmou que a segurança dos consumidores é sua prioridade máxima. A empresa está colaborando com as autoridades para investigar os relatos de reações adversas e garantir que todas as medidas necessárias sejam tomadas para proteger os usuários.
A Colgate também destacou que qualquer reação adversa deve cessar com a interrupção do uso do produto. Os consumidores que experimentarem sintomas são aconselhados a procurar orientação médica e relatar suas experiências para ajudar na investigação em andamento.
Nos próximos meses, espera-se que a Anvisa continue a investigar os casos relatados e avalie a segurança da pasta de dente Colgate Clean Mint. Durante o período de interdição, a Colgate terá a oportunidade de apresentar evidências e recorrer da decisão, se necessário.
Enquanto isso, os consumidores são aconselhados a monitorar quaisquer sintomas após o uso de produtos dentais e a buscar alternativas seguras, caso apresentem reações adversas. A situação destaca a importância de monitorar continuamente a segurança dos produtos de consumo e a necessidade de comunicação transparente entre fabricantes, reguladores e consumidores.