O deputado federal do PSOL, Ivan Valente, amigo e correligionário de Luiza Erundina, relatou à CNN os detalhes da internação da deputada federal após ela passar mal durante uma sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
As imagens transmitidas pela TV Câmara mostram o momento em que Erundina defendia seu relatório sobre um projeto de lei relacionado aos centros de tortura durante a Ditadura Militar brasileira. A iniciativa do PL partiu da deputada Maria do Rosário (PT-RS). O vídeo registra o discurso de Erundina, que durou cerca de cinco minutos. Ela enfatizou que o Brasil deve reconhecer o direito das vítimas dos regimes ditatoriais que violaram os direitos humanos.
No final de sua fala, Erundina foi aplaudida, e Valente começou a discursar. No entanto, logo no início de sua fala, a deputada passou mal e foi retirada da sala por colegas.
A presidente da comissão, deputada Daiana Santos (PCdoB/RS), pediu gentilmente a suspensão da sessão por dez minutos para verificar as condições de saúde de Luiza Erundina.
Valente explicou que enfrentaram duas horas de debate com opositores que defendiam a ditadura. Ele começou a defender o projeto, e Erundina sentiu falta de ar. Encaminharam-na ao departamento médico da Câmara, onde ela recebeu medicamentos e oxigênio para melhorar a saturação. Exames complementares foram realizados, e ela foi transferida para o Hospital Sírio-Libanês, onde está sob cuidados intensivos.
Valente e Erundina foram fundadores do PT em São Paulo e migraram para o PSOL após a criação do partido. Ele tem 77 anos, e ela, 89. O estado de saúde de Erundina é estável agora, e os exames estão sendo conduzidos para obter informações mais detalhadas.
As discussões na Comissão de Direitos Humanos da Câmara foram adiadas.
