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Política

Delação sobre respiradores comprados na pandemia cai como uma bomba sobre ministro de Lula

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O atual Ministro da Casa Civil, Rui Costa, foi citado em uma colaboração premiada por uma empresária que negociou respiradores com o governo da Bahia em abril de 2020, mas não entregou os produtos. Na época, Costa era o governador do estado.

O acordo, no valor de 48 milhões de reais, foi intermediado por um empresário local, amigo do então governador e da primeira-dama, Aline Peixoto. A empresária Cristiana Taddeo, proprietária da Hempcare, já restituiu 10 milhões de reais ao estado. Ela alega que a venda foi autorizada por Costa e que pagou comissões significativas aos intermediários.

Bruno Dauster, ex-secretário da Casa Civil, confirmou em depoimento que Costa aprovou as negociações.

A Hempcare, inicialmente focada em medicamentos de canabidiol, não tinha experiência em importar respiradores, conforme admitido pela proprietária.

Conforme relatado pelo Tab Uol, o negócio se desenrolou da seguinte maneira:

Em 5 de abril de 2020, Dauster, então secretário da Casa Civil, expressou interesse nos respiradores da Hempcare. Rui Costa havia fornecido o contato da empresa a Dauster, instruindo-o a negociar a compra.

A empresária afirmou que Dauster enfatizou que qualquer decisão dependia da autorização de Costa.

A Hempcare concordou em fornecer 300 respiradores a 28.900 dólares cada. O pagamento foi realizado antes da entrega, que não aconteceu devido à falta de estoque do fornecedor chinês. Taddeo, que já havia pago as comissões, não pôde reembolsar o valor integral.

Em sua defesa, Costa declarou que, após o fracasso na entrega, ordenou uma investigação policial, resultando na prisão dos envolvidos. Ele nega ter tratado com intermediários e ressalta que, durante a pandemia, era comum realizar compras com pagamento antecipado. Costa espera que a investigação continue e que os culpados sejam punidos e o dinheiro público, recuperado.

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