Início » Curitiba tem empate quíntuplo em disputa pela prefeitura, revela nova pesquisa; VEJA NÚMEROS
Política

Curitiba tem empate quíntuplo em disputa pela prefeitura, revela nova pesquisa; VEJA NÚMEROS

Um estudo realizado pelo Instituto Radar Inteligência para a Prefeitura de Curitiba revela um quadro competitivo no primeiro turno, com cinco candidatos empatados dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais.

Na pesquisa, o atual vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), respaldado pelo prefeito Rafael Greca (PSD) e pelo governador Ratinho Jr. (PSD), lidera com 15,8% das intenções de voto, conforme o cenário expandido.

Em seguida, aparecem:

  • o deputado federal e ex-governador Beto Richa (PSDB), com 13,1%. Richa tentou migrar para o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas voltou atrás (leia mais abaixo);
  • o ex-prefeito Luciano Ducci (PSB), com 12,3%. Ducci tem a bênção da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR);
  • o ex-procurador da República e ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo), com 11,5%; e
  • o deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil), com 10,9%.

Os demais postulantes registram menos de 5% das intenções de voto. Entre eles está Paulo Martins, do PL, que manifestou interesse em concorrer à vaga no Senado ocupada por Sergio Moro (União Brasil), caso o ex-juiz seja destituído de seu mandato pelo TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná). O julgamento está agendado para iniciar em 1º de abril. Há incerteza quanto ao candidato apoiado por Bolsonaro na localidade.

Um quinto (20,1%) dos entrevistados não souberam responder, indicaram que não votariam em nenhuma das opções, optariam por anular seu voto ou escolheriam votar em branco.

O Instituto Radar Inteligência realizou entrevistas presenciais com 816 indivíduos maiores de 16 anos, entre os dias 11 e 13 de março de 2024, na cidade de Curitiba. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%. O levantamento está devidamente registrado no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) sob o número PR-07339/2024. O custo foi de R$ 25.000, coberto pelos recursos próprios da empresa responsável.

Outros cenários

O Radar Inteligência também testou cenários mais enxutos para a eleição. Leia abaixo:

Cenário 2

  • Eduardo Pimentel (PSD): 24,0%;
  • Ney Leprevost (União Brasil): 19,2%;
  • Luciano Ducci (PSB): 17,0%;
  • Carol Dartora (PT): 3,9%;
  • Goura (PDT): 3,3%;
  • nenhum/nulo/branco: 13,4%;
  • não sabe/não opinou: 19,2%.

Cenário 3

  • Eduardo Pimentel (PSD): 21,5%;
  • Luciano Ducci (PSB): 17,4%;
  • Ney Leprevost (União Brasil): 16,4%;
  • Deltan Dallagnol (Novo): 12,0%;
  • Paulo Martins (PL): 4,4%;
  • nenhum/nulo/branco: 10.9%;
  • não sabe/não opinou: 17,4%.

Cenário 4

  • Eduardo Pimentel (PSD): 28,3%;
  • Luciano Ducci (PSB): 23,0%;
  • Carol Dartora (PT): 4,4%;
  • Goura (PDT): 3,4%;
  • nenhum/nulo/branco: 18,4%;
  • não sabe/não opinou: 22,5%.

QUADRO INCERTO

A disputa pela Prefeitura de Curitiba ainda apresenta indefinições quanto aos candidatos que concorrerão contra Pimentel, assim como os apoios de cabos partidários.

Na semana passada, o deputado federal Beto Richa quase deixou o PSDB para se filiar ao PL. Segundo o congressista, o partido fez um convite para que ele integrasse a legenda. A articulação, no entanto, sofreu forte resistência entre os bolsonaristas e o ex-governador do Paraná permaneceu entre os tucanos.

Mirando a eleição, Richa disse que chegou a comunicar ao PSDB que deixaria a sigla, mas conversou com os dirigentes nacionais e voltou atrás da decisão.

Na 5ª feira (14.mar), o deputado divulgou uma nota. Disse que foi recebido por Bolsonaro e pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e aceitou a proposta de filiação para “romper o quadro de inércia que toma conta do panorama regional”. Afirmou ter procurado o PSDB e recebido a anuência de que poderia fazer a migração sem perder o mandato.

Porém, depois de apelos de correligionários e da refuta da base bolsonarista, decidiu permanecer na sigla. “Parecia óbvio, para meus amigos da direção do partido, que a minha saída poderia estimular outros filiados a fazer o mesmo. Prevaleceu o peso do compromisso com o PSDB, um partido que mudou o Brasil para muito melhor”, afirmou.

ESQUERDA E DELTAN

Há uma incerteza adicional em relação à principal candidatura da esquerda. Enquanto o PT mostra inclinação para apoiar o ex-prefeito Luciano Ducci (PSB), a deputada Carol Dartora (PT-PR) também se apresenta como pré-candidata. No entanto, de acordo com uma pesquisa conduzida pelo Instituto Radar Inteligência, a congressista não ultrapassa os 5% de intenções de voto, ficando apenas à frente do deputado estadual Goura Nataraj (PDT).

Além disso, o pré-candidato do Novo, Deltan Dallagnol, enfrenta possíveis obstáculos para concorrer à Prefeitura de Curitiba. Em maio de 2023, ele teve seu mandato como deputado federal cassado por decisão unânime do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com base na Lei da Ficha Limpa.

Com informações de Poder 360

source