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Mau tempo volta a deixar autoridades de Moçambique em alerta

Autoridades de Moçambique dizem acompanhar o sistema de baixa pressão Gamane pelo potencial de ter impacto no Canal de Moçambique e no continente. A comunidade humanitária fala de necessidades críticas para a prestação de auxílio.

Nas próximas semanas, a expectativa é que chuvas significativas caiam na região norte que compreende as províncias de Cabo Delgado, Niassa  e Zambézia.

Crise climática no sul e centro

A mais recente atualização do Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, alerta que a crise climática no sul e centro do país gerou necessidades muito acima da capacidade das organizações humanitárias no terreno. Os suprimentos e capacidades são limitados e uma expansão requer recursos adicionais.

O  Gamane tem potencial para evoluir para uma tempestade tropical moderada, mas ainda “não representa perigo para a costa moçambicana após ter sido formado em Madagascar, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia.

As agências humanitárias apontam grandes necessidades cobrindo setores como agricultura, educação, abrigo, artigos não alimentares e de água, saneamento e higiene. Foram também identificadas necessidades de reconstrução e reabilitação de infraestrutura.

Desde o início da época chuvosa e ciclônica 2023/2024, Moçambique teve um total de 131.915 afetados, incluindo 135 mortos e 195 feridos.

Danos às infraestruturas

A cidade e província de Maputo foram atingidas por fortes chuvas que afetaram um total de 93.240 pessoas provocando cinco mortos e três feridos entre 23 e 24 de março.

Os danos atingiram infraestruturas públicas e privadas e afetaram o acesso rodoviário às províncias da Matola e Maputo. Cerca de 174 casas foram parcialmente danificadas, 99 totalmente perdidas e 11.133 inundadas. 

Nesta semana retomam aulas após terem sido paralisadas devido ao mau tempo que afetou pelo menos 19 escolas. Cerca de 932 hectares de culturas também foram perdidos, bem como 275 km de estradas danificadas.

Dias antes, a tempestade tropical Filipo provocou a morte de duas pessoas e dezenas de feridos nas províncias de Gaza, Inhambane, Maputo e Sofala. 

O mau tempo causou danos às infraestruturas que incluem 1.674 casas de forma parcial e outras 456 totalmente destruídas.

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