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Jornalista brasileira detalha impactos da crise climática na Antártida

Em julho, o planeta registrou um novo recorde de temperatura média global diária, atingindo 17,15°C. A Antártida, uma das regiões mais afetadas pelo aquecimento global, continua a perder superfície de gelo anualmente.

Os impactos da crise climática no polo Sul é o tema do novo episódio do Podcast ONU News. A documentarista Patrícia Azevedo, responsável pelo projeto “Terra de Todos”, esteve diversas vezes na região e testemunhou o processo de degelo. Ela explica que, embora seja parte de um ciclo, a redução das geleiras vem sendo acelerada pela ação humana.

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Ação humana na crise climática

“A geleira, existe a naturalidade do degelo, mas ele está acelerado. E o que tem acontecido, depende muito das nossas atitudes. Uma coisa que eu tenho batido muito na minha rede social é de como é importante você fazer a sua parte, da menos forma que você pensar que seja. Se você vai tomar um banho, fechar a água e depois ligar, usar uma garrafinha e não plástico… São coisas mínimas que a gente aprende, mas a gente precisa colocar no nosso dia a dia para que realmente isso seja uma avalanche de pessoas colaborando para que isso não seja tão rápido.”

Segundo dados da Organização Meteorológica Mundial, OMM, o aumento da temperatura média global diária está provavelmente ligado às temperaturas extremas na Antártida e no Oceano Antártico, onde a cobertura de gelo marinho é baixa.

Essas anomalias, comuns durante os meses de inverno antártico, também contribuíram para o recorde de temperaturas globais no início de julho de 2023.

A jornalista mencionou seus planos de continuar explorando o continente gelado, agora também através de iniciativas de turismo

Azvdo Produções/Widja Bezerra

A jornalista mencionou seus planos de continuar explorando o continente gelado, agora também através de iniciativas de turismo

Experiência no continente gelado

Patrícia Azevedo compartilhou suas experiências explorando a Antártida. Natural de Recife, no nordeste do Brasil, ela enfrentou desafios para lidar com o extremo frio. Além disso, Patrícia ressaltou o impacto de testemunhar o ciclo da natureza selvagem.

“Em 2018, eu vi uma cena de duas focas numa briga enorme. E quando terminou uma ficou na pedra totalmente ferida. E a reação, lógico, como ser humano, a reação foi olhar para o militar chileno e disse assim: Vamos ajudá-la de alguma forma? Você tem como ajudá-la? E aí ele olhou para mim, ou seja, aprender in loco, e falou: “Patrícia, olha para o céu”. Quando eu vi, eram aves sobrevoando. E aí ele falou: “Estamos no final do inverno”, era outubro e a gente não pode interferir na cadeia alimentar. Alguém precisa morrer para que outros possam sobreviver. E aquelas aves esperavam que aquela foca morresse para poder sobreviver.”

A também, jornalista avaliou que a cooperação internacional entre os países presentes na Antártida é crucial para a pesquisa científica. Ela destacou a parceria entre o Brasil e o Chile, bem como a colaboração com outros países para a realização de pesquisas e apoio logístico.

A documentarista mencionou seus planos de continuar explorando o continente gelado, agora também através de iniciativas de turismo. Ela destacou o impacto do setor consciente na região e a importância de levar mais pessoas a conhecerem a Antártida de forma responsável, contribuindo para a conscientização ambiental.

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