O presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP30, André Corrêa do Lago, e a ministra das relações exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, realizam em Berlim uma reunião sobre o clima, com a presença de ministros de 40 países.
O 16º Diálogo Climático de Petersberg, tem foco nos preparativos para a COP30, que será em Belém do Pará, no Brasil.
Em busca da mais alta ambição das maiores economias
Em mensagem de vídeo, o secretário-geral da ONU afirmou que os novos planos climáticos nacionais devem ser entregues pelos países até setembro, estabelecendo uma “visão coerente para uma transição verde justa”.
António Guterres disse que está em contato com o presidente Lula, do Brasil, para “garantir a mais alta ambição das maiores economias”.
Ele revelou que será convocado um evento especial em setembro para fazer um balanço dos planos de todos os países, pressionar por ações em prol da meta de limitar o aquecimento a 1,5°C e reforçar a justiça climática.

Crianças em terras afetadas pela seca na Tailândia
População sente impactos da crise climática no próprio bolso
Guterres afirmou que há uma década, o planeta estava a caminho de um aumento da temperatura de mais de 4°C.
Hoje, os planos climáticos nacionais dos países, também chamados de Contribuições Nacionalmente Determinadas, caso cumpridos em sua totalidade, limitarão o aumento a 2,6°C.
O secretário-geral lembrou que os desafios climáticos estão se acumulando, com novos recordes sendo quebrados a cada momento. Ele afirmou que os piores impactos são sentidos pelos mais vulneráveis.
Além disso, as pessoas “sentem no próprio bolso”, com custos de vida mais altos, seguros mais caros e preços de alimentos em alta.
Recorde de energia renovável em 2024
O líder da ONU também enfatizou os progressos expressivos na adoção de energias renováveis ao redor do mundo.
Ele citou dados que confirmam que 2024 bateu recorde na incorporação de fontes sustentáveis de eletricidade, que representaram mais de 92% de toda nova capacidade de geração instalada.
Para ele, isso é prova de que as energias renováveis estão se tornando “um investimento cada vez mais inteligente”.
O líder da ONU destacou que esta revolução está renovando economias, impulsionando o crescimento, criando empregos, reduzindo as contas de energia e limpando o ar.
Desde 2010, o custo médio da energia eólica caiu 60% e o da solar 90%.
Em 2023, os setores de energia limpa foram responsáveis por 5% do crescimento econômico na Índia e 6% nos Estados Unidos.
Além disso, foi responsável por um quinto do crescimento do Produto Interno Bruto, PIB, da China e um terço do da União Europeia.

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