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Guterres destaca urgência climática e pede apoio ao Haiti em visita a São Vicente e Granadinas

Na recente visita a São Vicente e Granadinas, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou a urgência do apoio da comunidade internacional na busca pela justiça climática. 

Após sua participação nas discussões da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, Celac, sediada na capital Kingstown, ele foi à Sandy Bay neste sábado.

Efeito climático

Na região afetada pela última erupção do vulcão La Soufriere, em 2021, Guterres ressaltou a velocidade com que o local se recuperou do incidente. Além disso, ele destacou a importância da proteção contra os efeitos da mudança climática, como o aumento do nível do mar e o risco de enchentes, enquanto citava os esforços do governo local para proteger a ilha.

Erupção do vulcão La Soufrière em dezembro de 2020 devastou São Vicente e Granadinas

© UN Barbados & the Eastern Caribbean

Erupção do vulcão La Soufrière em dezembro de 2020 devastou São Vicente e Granadinas

Para ele, a comunidade internacional deve levantar financiamento adequado e a baixo custo para permitir que locais mais vulneráveis, como os pequenos Estados insulares, possam responder de forma rápida aos impactos climáticos.

Guterres lembra que os países insulares estão na “linha de frente da mudança climática” e, embora não tenham atividades que contribuem com o aquecimento global, “pagam o preço”.

Ajuda ao Haiti

Além da pauta climática, durante a passagem do secretário-geral da ONU em São Vicente e Granadinas, ele também destacou assuntos de paz e segurança, desenvolvimento sustentável, coesão social e ação climática.

Ele destacou os “avanços significativos” feitos no processo de paz na Colômbia e a declaração conjunta assinada recentemente pela Guiana e Venezuela com o objetivo de reduzir as tensões na fronteira.

No entanto, ele observou que o crime organizado continua sendo um problema em muitos países. Além disso, o chefe da ONU alertou que a situação no Haiti está piorando a cada dia, pois as gangues mantêm o país como refém e usam a violência sexual como arma. 

Em outubro passado, o Conselho de Segurança da ONU autorizou uma missão multinacional de apoio à segurança para dar suporte à polícia nacional, que o Quênia se ofereceu para liderar. 

Vários países, inclusive membros da Celac, fizeram promessas adicionais de apoio durante um evento paralelo à reunião do G20 no Brasil na semana passada. “Eu saúdo esses esforços, mas muito mais deve ser feito para garantir o envio dessa missão sem mais atrasos e uma solução política que possa resolver os problemas fundamentais do país”, disse. 

De acordo com agências de notícias, o Quênia e o Haiti assinaram um acordo formal de segurança na última sexta-feira que permitirá o envio de 1 mil policiais quenianos que formarão o núcleo da nova missão multinacional apoiada pela ONU.

O presidente do Quênia, William Ruto, teria dito que, graças ao acordo inovador, a missão pode agora ser acelerada. O acordo bilateral é uma pré-condição fundamental estabelecida pelo Tribunal Superior do Quênia para permitir o envio da polícia.

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