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FAO pede mais ação contra influenza aviária H5N1 que atinge vários países

Os riscos da gripe aviária devem ser mitigados com urgência por países para fortalecer a biossegurança, monitorar a vigilância e mecanismos de resposta rápida.

O apelo é da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO.

Doença pode se espalhar para mamíferos

Esta semana, a agência da ONU pediu aos países que reforcem também a comunicação de risco para proteger o setor de aves, economias de países e de pequenos produtores.

A gripe aviária se espalha ameaçando perdas de centenas de milhões de aves em todo o mundo com risco de contaminação para mamíferos.

No briefing da FAO a países-membros, o vice-diretor-geral da agência, Godfrey Magwenzi, contou que a disseminação da doença não tem precedentes e já provoca impactos sérios na segurança alimentar e fornecimento de alimentos em países com perda de valor nutritivo valioso, empregos e rendas rurais.

Consumidores já sentem crise com alta no preço de ovos

A crise também levou a choques em economias locais e está sendo sentida no bolso dos consumidores com o aumento do preço de ovos, por exemplo.

Um dos maiores desafios agora é proteger o sistema de produção de aves para garantir a segurança alimentar e nutrição de milhões de pessoas que consomem aves para carnes e ovos.

Segundo a FAO, dentre outros desafios complexos estão garantir a biodiversidade, meios de subsistência e comércio seguro, e prevenção de impactos sociais, mais frequentemente suportados por avicultores.

Já outra vice-diretora-geral da agência, Beth Bechdol, afirma que o tema que já atravessou fronteiras requer uma resposta global coordenada. Há mais de 20 anos, a FAO tem liderado a luta contra o vírus H5N1 apoiando governos, detectando prevenindo e respondendo a surtos.

Pelo menos 300 espécies foram afetadas desde 2021

Os últimos quatro anos registraram uma grande mudança na gripe aviária em termos geográficos com aumento de transmissão para mamíferos e perdas massivas de aves domésticas que tiveram que ser abatidas.

Um grande número de aves silvestres morreram da doença o que prejudicou a biodiversidade com pelo menos 300 novas espécies afetadas desde 2021.

A FAO recomenda uma série de medidas como aumento de vigilância e notificações, melhorias laboratoriais, aplicação de planos de preparação e continuidade em caso de surtos, gerenciamento de risco através de biosegurança, papel de imunização, fortelecimento de resposta ao surto, cooperação regional e internacional e aumento de conscientização.

O briefing da FAO, em Roma, incluiu uma terceira chamada para propostas de financiamentos pelo Fundo da Pandemia, que é liderado pelo Banco Mundial.

Participaram também da reunião embaixadores da Indonésia e do Senegal e representantes do Conselho Internacional de Aves e da Organização Mundial do Ovo e Saúde para Animais.

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