A diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos, WFP na sigla em inglês, Cindy McCain, fez um apelo por ação imediata para a chegada de ajuda humanitária a quem precisa na Faixa de Gaza.
A declaração de McCain foi publicada numa rede social após um relatório indicando que existe risco de fome no norte de Gaza, se nada for feito nos próximos dias para evitar que a situação das pessoas que estão no local piore drasticamente.
Deslocamento em massa piorou insegurança alimentar
Para ela, é hora de prevenir uma catástrofe para os palestinos que já estão sofrendo com insegurança alimentar por causa do conflito entre tropas de Israel e militantes do movimento Hamas.
O diretor para Segurança Alimentar e Análise de Nutrição do WFP, Jean-Martin Bauer, afirmou que o que ocorre é resultado de um deslocamento em massa da população, da redução de entrada de alimentos seja por vias comerciais ou humanitárias, da destruição da infraestrutura de saúde em Gaza.
No fim de outubro, 58 caminhões entraram por dia contra cerca de 200 que tiveram acesso a Gaza no verão.
Partes em conflito e com influência têm que agir já
O risco de fome no norte da Faixa de Gaza está sendo preconizado por duas entidades: a Fase Integrada de Classificação e a Comissão de Revisão da Fome. O apelo de ambas é que as pessoas com influência e interesse no bem-estar dos palestinos e da região ajudem a reverter o que chamam de catástrofe humanitária.
O apelo é que todas as partes que estão envolvidas no conflito diretamente, ou que tenham acesso, às partes em combates, permitam a entrada imediata de água, comida, suprimentos médicos e de nutrição além de outros itens a Gaza.
Apelo pelo fim imediato do cerco israelense
Os especialistas também pedem o fim imediato do cerco israelense às áreas do norte, assim como o fim dos ataques às instalações de saúde e outros pontos de infraestrutura.
Um outro apelo é pela libertação de agentes de saúde que se encontram sob custódia.
A falha em responder a esses apelos nos próximos dias levará à deterioração da situação humanitária que é já desesperadora.
Para a ONU, o objetivo agora é salvar mais civis da morte.
Veja visita da coordenadora humanitária, Sigrid Kaag, a centro de deslocados no oeste da Cidade de Gaza.