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Ações contra pobreza, desigualdade e financiamento do desenvolvimento marcam G20 do Rio

Líderes das maiores economias mundiais abordaram na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro temas como cooperação econômica internacional e estabilidade financeira no contexto de várias crises. O evento desta semana marcou ainda o 25º ano do Grupo de Trabalho de Infraestrutura do G20 Finance Track.

Três vertentes que ficam como legado da reunião do bloco representando 85% do Produto Interno Bruto, PIB, global, são apontadas pelo especialista em Políticas Macroeconômicas e de Emprego, OIT, Kee Beom Kim.

Integração da desigualdade

Ele destaca o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, a integração da desigualdade no universo das discussões e a adoção de um Roteiro para Bancos Multilaterais de Desenvolvimento Melhores, Maiores e Mais Eficazes.”

O economista ressalta que dentro do Grupo de Trabalho de Emprego, por exemplo, um subgrupo sobre cotas de rendimento identificou as prioridades políticas do bloco das maiores economias globais para reduzir as desigualdades no mundo

O Grupo de Trabalho de Infraestrutura do G20 Finance Track, abordou as implicações dessa questão no desempenho macroeconômico que motiva as discussões e contribuições da OIT e de outras organizações internacionais.

Momento crucial

No Rio de Janeiro foram endossadas medidas políticas e recomendações para lidar com as pressões da desigualdade num “momento crucial em que a cota laboral na renda nacional observa uma longa queda desde pelo menos a década de 1980”.

O especialista destaca que essa tendência continuou de 2004 até agora, quando se observa a redução da participação nas economias do G20 em mais de dois pontos percentuais, o equivalente a trilhões de dólares.

Pobreza, desigualdade e financiamento

O especialista enalteceu ainda a liderança do Brasil do bloco das principais economias ao ter abordado a resposta a questões urgentes do mundo com iniciativas tangíveis refletindo uma visão para um futuro mais equitativo e sustentável.

Com olhos na próxima presidência do G20, a ser assumida pela África do Sul, o economista destaca que o progresso deste ano fortalece as bases para avançar ainda mais em temas como pobreza, desigualdade e financiamento do desenvolvimento.

O bloco das maiores economias do mundo foi fundado em 1999 como um fórum para ministros das finanças e governadores de bancos centrais de 19 países e da União Europeia. 

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