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Presidente da FPF critica duramente novo calendário proposto pela CBF

A proposta da CBF de iniciar a temporada de 2025 do futebol brasileiro já em janeiro tem gerado debates entre dirigentes e clubes. A ideia de antecipar o começo do Brasileirão e ajustá-lo em função do Mundial de Clubes, que ocorrerá entre junho e julho, não agradou a todos. O presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, criticou veementemente a proposta, apontando possíveis prejuízos para o futebol nacional.

Segundo o dirigente, o planejamento atual não respeita o período de descanso necessário para os jogadores, que tradicionalmente tira umas semanas de férias ao final de cada temporada. Com a pré-temporada programada para começar apenas em dezembro, o tempo de preparação das equipes seria consideravelmente reduzido, afetando a qualidade do futebol apresentado no início do campeonato.

Reinaldo Carneiro Bastos é o presidente da FPF – Foto: Divulgação/FPF

Quais são as preocupações com o início precoce da temporada?

Há uma preocupação significativa sobre como o calendário impactaria não apenas no condicionamento físico dos jogadores, mas também na logística e no planejamento dos clubes para a nova temporada. Com a previsão de apenas dez dias de pré-temporada, muitos atletas teriam de cancelar ou ajustar planos de férias já pré-estabelecidos com suas famílias, um fator que Reinaldo Carneiro Bastos destacou como impraticável.

Além disso, a densidade de competições internacionais, como o Mundial de Clubes e torneios da Conmebol, complica ainda mais a situação. A CBF, portanto, está sob pressão para encontrar um equilíbrio que atenda aos interesses dos clubes nacionais e às exigências do calendário internacional proposto pela FIFA.

Como a possível mudança afetaria clubes brasileiros?

Os clubes brasileiros, especialmente os que têm mais compromissos internacionais, podem enfrentar dificuldades adicionais. Por exemplo, equipes como o Palmeiras, Flamengo e Fluminense, já confirmadas no Mundial de Clubes de 2025, terão que lidar com a desgastante campanha de defesa dos seus respectivos títulos nacionais e continentais, acumulando um considerável número de partidas em um período curto.

Para os times não envolvidos em competições internacionais, a preocupação reside na competitividade interna. Com pré-temporadas encurtadas, há receios de que o nível técnico do Brasileirão possa ser comprometido, com impactos diretos no desempenho dos times durante a temporada longa e desgastante.

Que soluções estão sendo consideradas para o calendário de 2025?

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, está ciente das críticas e busca alternativas que amenizem os impactos negativos deste calendário antecipado. Já estão em discussão ajustes específicos que possam permitir uma maior folga para os clubes se prepararem adequadamente. Também há conversas sobre o aumento de vagas diretas para clubes brasileiros na Libertadores, como uma maneira de aliviar o congestionamento de datas.

Por outro lado, há propostas para repensar a estrutura das competições regionais e locais, de modo a liberar algumas datas cruciais no calendário anual. Apesar de a situação exigir decisões rápidas, é importante que todas as partes interessadas tenham a chance de apresentar suas preocupações e sugerir melhorias que beneficiem o futebol brasileiro como um todo.

Com essa discussão em andamento, o futebol brasileiro enfrenta um momento decisivo para ajustar não apenas seu calendário, mas também sua estratégia em competições internacionais. A chave será encontrar um caminho que equilibre tradição, competitividade e o bem-estar dos atletas.

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