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Economia

CRISE: Gasolina fecha 1º tri em alta de 2,7%

Marcelo Camargo/Agência Brasil

No primeiro trimestre do ano, a gasolina e o etanol, seu principal concorrente, destacaram-se como os principais responsáveis pelo aumento dos preços dos combustíveis, conforme o relatório do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, elaborado em conjunto com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Durante esse período, o preço da gasolina comum aumentou 2,7%, enquanto o da gasolina aditivada e do etanol subiu 2,8%. Em contraste, o diesel S-10, que é menos poluente, teve uma redução de 1,2% no preço. O diesel comum e o Gás Natural Veicular (GNV) também apresentaram quedas de 0,7% e 0,5%, respectivamente.

A Veloe destacou que esses dados ainda refletem as recentes alterações na tributação dos combustíveis. Neste ano, houve a retomada da cobrança de PIS/Cofins sobre o diesel e o biodiesel em janeiro, e um ajuste no ICMS sobre a gasolina e o diesel em fevereiro.

Focando apenas no mês de março, a tendência foi similar, com o etanol e as gasolinas aditivada e comum experimentando aumentos de 1% e 0,5%, respectivamente, em comparação com fevereiro. Por outro lado, o GNV teve uma queda de 0,7%, o diesel S-10 diminuiu 0,5%, e o diesel comum teve uma leve redução de 0,1%.

Olhando para os últimos 12 meses até março, o etanol teve uma diminuição de 4,5% e o GNV de 7,4%. A gasolina comum subiu 5,1%, enquanto o diesel S-10 e o diesel comum tiveram aumentos modestos de 0,3% e 0,8%, respectivamente.

A análise de custo-benefício entre o etanol e a gasolina não mostrou mudanças significativas na paridade de preços durante o período. Isso significa que o etanol continuou sendo a opção preferida por muitos brasileiros, especialmente nos estados do Centro-Oeste e Sudeste, incluindo Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Paraná, bem como suas capitais.

De acordo com o Indicador de Custo Benefício-Flex, que compara os preços médios do etanol hidratado e da gasolina comum em março de 2024, o percentual foi de 67,2% para os estados e de 66,9% para as capitais. Ambos estão abaixo do limiar de 70%, indicando uma preferência pelo etanol.

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