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Saúde

Câncer em cachorro: descubra os sinais que podem salvar a vida do seu pet; veja como identificar

O câncer, um tema amplamente conhecido no contexto humano, também se apresenta como uma preocupação crescente para os animais de estimação, destacando-se como uma das principais causas de morte entre cães e gatos no Brasil. Estudos realizados em 2021 pela Universidade Federal de Santa Maria revelam que cerca de um a cada cinco cães desenvolverá a doença em algum momento de sua vida. Esse dado reflete a evolução dos diagnósticos e tratamentos veterinais, assim como a longevidade crescente dos pets.

Os tipos mais comuns de tumores em animais de estimação incluem cânceres de pele, subcutâneos, mamários, hematopoiéticos, orais, ósseos e genitourinários. É importante observar que nem todo nódulo identificado em cães e gatos é maligno, destacando a importância de exames complementares como citologia e biópsia para determinar a associação com a doença.

Como identificar os sintomas de câncer em animais?

Os sinais clínicos de câncer em animais variam amplamente dependendo do órgão afetado. Em casos de tumores de pele, por exemplo, podem-se observar nódulos, feridas que não cicatrizam, zonas de inchaço e dor. Neoplasias do trato digestivo podem manifestar-se por meio de sintomas como vômitos, diarreia, presença de sangue nas fezes ou constipação.

  • Nódulos na pele
  • Feridas persistentes
  • Aumento de volume em região específica
  • Sinais sistêmicos como perda de apetite e letargia

Quais são as possíveis causas do câncer em pets?

O desenvolvimento do câncer em animais pode ser desencadeado por uma série de fatores, semelhantes aos observados em humanos. Entre as possíveis causas estão mutações genéticas, exposição a radiações ionizantes e ultravioleta, além de metais pesados, infecções virais, bacterianas ou parasitárias. Esses fatores podem induzir mutações no DNA de uma célula qualquer, levando ao crescimento celular desordenado que resulta na formação de tumores.

Fatores intrínsecos:

  • Idade: Animais mais velhos tendem a ter um maior risco de desenvolver câncer, assim como ocorre em humanos.
  • Raça: Algumas raças possuem predisposição genética para determinados tipos de câncer. Por exemplo, o Boxer é mais propenso a desenvolver tumores cerebrais, enquanto o Golden Retriever tem maior risco de linfomas.
  • Sexo: O sexo do animal pode influenciar o tipo de câncer que ele pode desenvolver. Por exemplo, fêmeas não castradas têm maior risco de tumores mamários.
  • Genética: Mutações genéticas podem predispor o animal ao desenvolvimento de câncer.

Fatores extrínsecos:

  • Exposição ao sol: A exposição prolongada ao sol, principalmente em animais de pele clara, aumenta o risco de desenvolver câncer de pele.
  • Hábito de vida: Obesidade, sedentarismo e má alimentação podem contribuir para o desenvolvimento de alguns tipos de câncer.
  • Exposição a agentes tóxicos: O contato com produtos químicos, pesticidas e outros agentes tóxicos pode aumentar o risco de câncer.
  • Vírus e bactérias: Alguns vírus e bactérias estão associados ao desenvolvimento de determinados tipos de câncer em animais.
  • Inflamação crônica: Processos inflamatórios crônicos podem aumentar o risco de desenvolvimento de tumores.

Como são realizados o diagnóstico e o tratamento em pets?

Pets / Créditos: depositphotos.com / pyotr021

Ao notar quaisquer sintomas suspeitos, é essencial que o tutor leve o animal ao veterinário, que irá determinar os exames mais adequados para investigar a presença de câncer. O diagnóstico pode envolver desde a citologia até exames de imagem avançados, como ultrassonografia, radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. A fase do diagnóstico frequentemente inclui análises que não apenas confirmam a presença do câncer, mas ajudam a caracterizar o tipo específico e estágio da doença.

O tratamento do câncer em animais pode ser bastante diversificado e adaptar-se ao tipo e estágio do tumor. Cirurgias podem ser indicadas tanto para diagnóstico quanto para tratamento. Em alguns casos, a quimioterapia é o método preferido, podendo ser administrada em casa ou sob supervisão veterinária.

Há raças mais propensas ao desenvolvimento de câncer?

Predisposição Racial

  • Cães: Algumas raças, como poodle, pastor alemão, boxer, cocker spaniel e rottweiler, demonstram maior propensão ao desenvolvimento de tumores.
  • Gatos: Embora menos comuns como pets, os gatos também apresentam um índice elevado de malignidade.

Fator raça x câncer

  • Não exclusivo: Apesar da predisposição de algumas raças, o câncer pode afetar qualquer cão ou gato, incluindo animais sem raça definida.

Conscientização e detecção precoce

  • Importância: A conscientização sobre o câncer em animais é fundamental para a saúde dos pets.
  • Novembro Azul Pet: Campanhas como essa ajudam a alertar sobre a importância do cuidado com cânceres em animais machos.

A predisposição genética pode influenciar o desenvolvimento de câncer em cães e gatos, mas a doença não é exclusiva de determinadas raças. A detecção precoce e o acompanhamento veterinário regular são essenciais para aumentar as chances de sucesso no tratamento.

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